domingo, 9 de dezembro de 2007

Sentimento da solidão desesperada

"Vejo-me triste, abandonada e só
/ Bem como um cão sem dono e que o procura, / Mais pobre e desprezada do que Job / A caminhar na via da amargura! / Judeu Errante que a ninguém faz dó! / Minh'alma triste, dolorida e escura, / Minh'alma sem amor é cinza e pó, / Vaga roubada ao Mar da Desventura! / Que tragédia tão funda no meu peito! / Quanta ilusão morrendo que esvoaça! / Quanto sonho a nascer já é desfeito! / Deus! Como é triste a hora quando morre... / O instante que foge, voa, e passa... / Fiozinho de água triste... a vida corre..." /
(Hora que passa, de Florbela Espanca)

2 comentários:

Anónimo disse...

O seu Blogue constitui um espaço agradável e muito interessante. Continue e parabéns.

Sophia disse...

Obrigado pelo incentivo!