quarta-feira, 26 de março de 2008

O mito de Ifigénia em Eurípides

Em Áulide, não há ventos favoráveis. Agamémnon, incitado pelo exército que quer vencer e ameaçado o seu posto de chefia, sujeita-se a sacrificar a sua querida filha. Para tal, ordena a sua vinda do Palácio ao engano, dizendo-lhe que viria ali para desposar Aquiles, herói que nada sabe.
A peça inicia-se com um Agamémnon fraco e arrependido, que tenta enviar um ancião para revelar a verdade e impedir a chegada de Ifigénia. Porém, esta tentativa não teve qualquer êxito. A jovem chega e assistimos a uma enorme tensão com o exército e revolta de Aquiles.
Quando a acção parece alcançar um impasse, Ifigénia caminha voluntariamente para o sacrifício, num gesto de coragem e abnegação, que simboliza o sangue dos inocentes, dos ainda puros e não pervertidos, que redime as incongruências dos grandes chefes.
É este sangue que, no último momento, de uma forma inexplicável, os deuses não aceitam. Ártemis faz desaparecer Ifigénia, e em seu lugar coloca uma jovem corsa para o sacrifício.
Assistimos, então, a um final inesperado, em que a intervenção dos deuses poupa o ser humano de situações pouco aceitáveis. O sacrifício de um inocente permite a percepção do excesso.
Uma tragédia forte que não se pode deixar de ler!

3 comentários:

Anónimo disse...

Não li, mas perante o que escreveu, irei procurar ler.
Fico-lhe grato pela sugestão.

P disse...

Obrigado, Sofia, pelo comentário de estímulo deixado no meu blog. A verdade é que não reconheço nos meus textos, escritos de impulso, qualidade. Não me concebo sem escrever mas receio a o cansaço da vulgaridade, da banalidade das minhas palavras. Obrigado e um abraço
P.

Anónimo disse...

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